A criança demonstra sua criatividade através da expressão
verbal, corporal, do desenho, da música, de brincadeiras...
Ela é criativa na medida em que consegue realizar suas
potencialidades como ser humano, isto é, quando lhe é
permitido fazer aquilo que sente e que quer expressar, e
não o que o adulto acha bonito.
A maior contribuição que o alfabetizador pode dar em
favor da evolução artística de seus alunos é:
*não interferir na atividade criadora da criança;
*fazer com que a criança sinta que é compreendida por
nós, alfabetizadores;
*promover meios para que as crianças vivenciem diversas
técnicas de arte;
*valorizar e prestigiar a obra criadora da criança;
*oferecer às crianças um ambiente favorável para que elas
possam experimentar, ensaiar, procurar e encontrar as
suas próprias soluções.
Quando eu era pequena, como todas as crianças,
gostava muito de desenhar. Passava horas com lápis e
papel na mão desenhando. Na pré-escola eu fui
considerada “talentosa” .
Mas os desenhos que fazia nunca iam para a exposição dos
melhores trabalhos. Logo percebi como devia desenhar
para “entrar no mural” e foi assim que, um dia, fiz uma
paisagem que eu sempre via em desenhos: um barco à
vela navegando no mar, com uma ilha ao lado, onde havia
uma palmeira, três montanhas ao fundo e um sol que se
punha. Nuvens e gaivotas preenchiam o espaço do céu.
Naquele dia meu trabalho foi finalmente exposto.
Depois desta experiência “bem sucedida” passei a
desenhar estereotipadamente, porque assim meus
trabalhos eram aceitos e valorizados.
Só mais tarde, quando comecei o magistério é que eu
descobri que estava copiando, encantada, outros bichinhos
e flores, só pensando em meus futuros alunos e no quanto
eles ficariam felizes se eu enfeitasse a sala da aula, seus
cadernos e pastas com tais desenhos.
Ansiava pela oportunidade de introduzir os estereótipos
na minha prática docente! Não fiz um curso superior de
artes, e sim Pedagogia com foco no ensino fundamental.
Passei muitos anos fazendo o que achava que faria as
crianças felizes, mas sentia que estava incomodada, de
uma forma enorme e inquietante.
Em 2001, quando conheci Nilma, uma colega, na escola
da Vila, na qual trabalho até hoje, formada em Arte,
percebi que medidas mais enérgicas precisavam ser
adotadas, percebi ser necessário mudar toda uma mentalidade
e me dei conta da extensão e da complexidade da questão.
Por isso hoje, acredito que a arte que nasce da auto-expressão,
representa um importante papel no desenvolvimento do eu,
principalmente no caso das crianças menores. E esse papel,
merece minha especial atenção, enquanto alfabetizadora.
Esta reflexão, que tenho feito ao longo dos anos em companhia
da colega Nilma, arte-educadora, me fizeram mudar a postura
em relação ao que produzimos, eu e minhas turmas, no que
diz respeito a arte!
Hoje valorizo o que meu aluno produz e uso sempre o que
eles fazem. Só assim contribuo para o desenvolvimento da
expressão artística e prestigio sua obra criadora para que
eles não se sintam como eu me senti a vida inteira.
Próximo assunto: sugestões de atividades que propiciam o
desenvolvimento da criatividade!
Até lá...
2 comentários:
Oi Rose!! Eu consegui fazer o meu link certo.Tire aquele que vc pos e copie o outro. Ele esta errado. Ele abre com o nome do meu blog repetindo duas vezes. É errando que se aprende. Um abração!!!
Oi Rose...Eu fiz o link certo agora. O que vc pos no seu blog ficou errado. Ele está abrinho com o nome repetido duas vezes.É errando que se aprende. Peço-lhe desculpas. Um abraço.
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